Minerador sortudo ganha R$ 1,2 milhão ao resolver bloco de Bitcoin sozinho

Essa estatística sugere que um minerador com tal capacidade resolveria um bloco de Bitcoin aproximadamente a cada cinco anos. Essa frequência depende de vários fatores, como a dificuldade de mineração atual, a potência computacional da rede e a aleatoriedade envolvida no processo de mineração. Geralmente, minerar um bloco de Bitcoin se tornou mais desafiador ao longo do tempo devido ao aumento da concorrência e à complexidade dos algoritmos envolvidos.

No último domingo (26), um minerador individual realizou uma notável conquista ao minerar sozinho um bloco de Bitcoin, o 818.588, por meio do pool Solo CK. Este pool de mineração, criado por X Con Kolivas, difere dos tradicionais ao permitir que os mineradores, em raras ocasiões, fiquem com a totalidade da recompensa quando descobrem um bloco.

Normalmente, os pools de mineração distribuem de maneira equitativa as recompensas entre todos os participantes quando um bloco é encontrado. Entretanto, no caso do Solo CK, os mineradores independentes têm a oportunidade de ficar com a recompensa inteira quando descobrem um bloco, uma situação incomum, mas lucrativa.

Essa façanha foi alcançada por um minerador com poder computacional de 2 PH/s (petahashes por segundo). Em média, um minerador com essa capacidade resolveria um bloco de Bitcoin apenas uma vez a cada cinco anos. Este tipo de pool, como o Solo CK, é frequentemente utilizado por mineradores com capacidade computacional limitada, que enfrentariam desafios em competir com grandes pools e empresas na mineração de Bitcoin.

A operação bem-sucedida deste minerador resultou em uma recompensa considerável, incluindo a totalidade da recompensa do bloco (6,25 BTC) e as taxas de rede (0,637 BTC), totalizando um lucro de aproximadamente R$ 1,25 milhão nessa operação específica.

X Con Kolivas, criador do Solo CK Pool, recentemente parabenizou o minerador 15VYcdhWXB2tpKmFHKT9DcGLWDQJQ2XMJW por resolver o 279º bloco solo no pool. Este minerador, operando com 2 PH/s, alcançou esse feito notável.

Ao ser questionado sobre o custo de operação de uma máquina com 2 PH/s, Kolivas indicou que o valor seria de "pelo menos US$ 30 mil, além dos custos operacionais".

O minerador sortudo, cujo endereço é mencionado, atualmente possui um saldo de 13.49801219 BTC. Esse montante equivale a cerca de R$ 2,4 milhões, considerando o valor atual do Bitcoin.

Esses detalhes ressaltam não apenas o sucesso do minerador em resolver um bloco significativo, mas também fornecem uma ideia do potencial lucrativo da mineração para aqueles com poder computacional substancial no contexto atual do mercado de criptomoedas.

Em agosto deste ano, um minerador de Bitcoin desafiou as probabilidades ao resolver sozinho um bloco, garantindo uma recompensa de cerca de R$ 800 mil em BTC, tudo isso com apenas 1 PH/s de poder computacional. Naquela época, Kolivas mencionou que, na dificuldade atual de mineração do Bitcoin, um minerador desse porte resolveria um bloco em média apenas uma vez a cada 7 anos.

Em junho, outra sorte sorriu para um entusiasta de Bitcoin, que utilizando um único equipamento conseguiu resolver um bloco e lucrar cerca de 6 BTCs, também equivalente a cerca de R$ 800 mil naquela época. Essa pessoa operava modestos ~17 terahashes por segundo (TH/s), possivelmente por meio de uma única Antminer Bitmain S9, lançada em 2017.

Nesse contexto, ele superou uma probabilidade de 1:5.500 ao realizar algo que, estatisticamente, levaria 450 anos para ocorrer.

Em março, outro minerador individual utilizou o serviço para resolver o bloco Bitcoin 780.112, ganhando uma recompensa de 6,25 BTC, cerca de US$ 148 mil naquele momento.

É importante ressaltar que um minerador individual dispõe de muito menos recursos do que os principais pools de mineração em escala industrial da criptomoeda, tornando essas conquistas ainda mais notáveis diante das probabilidades.